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O chamado da meia noite
A CHAMADA DA MEIA-NOITE
Lucas morava sozinho em um pequeno apartamento no centro da cidade. Sempre foi cético quanto a histórias de terror, lendas urbanas e qualquer coisa sobrenatural. Mas, naquela noite, tudo mudou.
Era uma sexta-feira chuvosa, e Lucas estava assistindo a um filme de terror apenas para se distrair. O relógio marcava exatamente meia-noite quando seu celular tocou. A tela não mostrava número, apenas "Desconhecido". Ele hesitou, mas atendeu.
Do outro lado da linha, uma respiração pesada e distorcida ecoou, seguida de um sussurro arrastado:
— Estou te vendo…
Lucas sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Tentou responder, mas a ligação caiu. Nervoso, trancou todas as portas e janelas, certificando-se de que estava seguro. Quando voltou para o sofá, seu telefone tocou novamente. O mesmo número desconhecido.
Dessa vez, ele não atendeu. Mas uma notificação de mensagem apareceu: uma foto da frente do seu apartamento, tirada naquele exato momento.
Seu coração disparou. Correu até a janela e olhou para a rua, mas não viu ninguém. Apenas a chuva caindo sob a fraca luz dos postes. De repente, um barulho seco veio da porta de entrada, como se alguém estivesse tentando girar a maçaneta.
Lucas pegou uma faca na cozinha e foi até a porta, respirando fundo. Silêncio. Nenhuma sombra sob a fresta da porta. Criando coragem, ele abriu de uma vez. O corredor estava vazio.
Quando fechou a porta e se virou, seu celular vibrou novamente. Outra mensagem:
"Atrás de você."
Um arrepio congelou seu corpo. Ele sentiu a respiração quente em sua nuca antes de tudo ficar escuro.
Lucas acordou em um lugar que não reconhecia. O ambiente era úmido, com paredes de concreto mofadas e uma única lâmpada piscando no teto. Seus braços e pernas estavam amarrados a uma cadeira, e sua cabeça latejava.
— Finalmente acordou — uma voz rouca ecoou da escuridão.
Ele tentou gritar, mas um pano sujo estava enfiado em sua boca. O medo queimava em suas veias.
Um homem alto e magro emergiu das sombras. Seu rosto estava coberto por uma máscara de couro, e suas mãos seguravam um celular. Ele digitou algo e, em poucos segundos, o celular de Lucas vibrou em seu bolso. A mesma notificação.
"Atrás de você."
Os olhos de Lucas se arregalaram. Ele tentou se soltar, mas as amarras eram fortes. O homem se aproximou, inclinou-se e sussurrou:
— Agora eu realmente estou te vendo…
Lucas fechou os olhos, esperando pelo pior. Mas, de repente, a lâmpada piscou violentamente e um som estridente invadiu o cômodo. O sequestrador recuou, como se algo invisível estivesse o segurando. A temperatura caiu drasticamente.
O telefone de Lucas vibrou novamente. Uma última mensagem apareceu na tela:
"Agora ele também está vendo você."
Antes que pudesse entender, a lâmpada explodiu e um grito horrível ecoou no ambiente. O sequestrador tentou correr, mas algo invisível o arrastou para a escuridão. Tudo ficou em silêncio.
As amarras de Lucas se soltaram sozinhas. Ele cambaleou para fora do cômodo e encontrou uma saída para a rua. A chuva continuava caindo, e o mundo parecia intacto, como se nada tivesse acontecido.
Mas, ao olhar para seu celular, ele viu um último detalhe aterrorizante: uma foto dele mesmo, dormindo em sua cama, tirada naquela noite.
E, no fundo da imagem, olhos vermelhos o observavam.